Quem olha meu Instagram hoje pensa: mas que vício nesse tal de Crossfit. Mas não foi sempre assim. Eu sempre fui ativa. Desde a infância, até o fim do segundo grau, sempre fiz Ballet.Quando passei na Unicamp e tive que me mudar pra Campinas, a grana não dava mais pra pagar o Ballet. Tinha que pagar aluguel, transporte público, alimentação. Fora que Campinas era uma cidade bem mais cara do que eu estava acostumada. Então parei o Ballet. Ai fiz o que a maioria faz: me matriculei na musculação, e apartir daí, foi minha principal atividade física por muitos anos. Tive uma fase de corrida, mas a canelite começou a ser um problema. Tive também a fase de nadar, o que eu realmente amava, mas vamos combinar, a logística de natação cansa um pouco. Então foi na musculação mesmo. E como muita gente que frequenta a academia, eu não tinha nenhum entusiasmo, apenas ia porque atividade física é algo que a gente precisa fazer e ponto Era obrigação. E assim segui a minha vida. Até que um dia resolvi trocar a musculação pelo dança de novo, e aí acabei largando a academia. Mas dançava bastante. E fui levando assim por alguns anos. Até que entre 2015 e 2017 perdi bastante peso. Cheguei a perder uns 15 quilos, maior parte devido à dieta. De atividade física, só o Flamenco. Apesar de não ter precisado passar horas na academia pra perder peso, eu comecei a sentir falta de um pouco mais de massa muscular. Foi então que fui até uma academia recém inaugurada perto de onde eu morava na época e fiz um plano de 1 mês. Algo me dizia que não ia me readaptar ao ambiente de academia, onde ninguém fala com ninguém, e se você quiser orientação do treinador tem que ficar caçando ele como uma sombra... rs. Nesse meio tempo, eu passava sempre na frente de um box de Crossfit e achei que seria legal fazer uma aula experimental.
Em dezembro de 2017 fiz a minha primeira aula experimental. Na hora já percebi a dinamicidade da coisa, percebi que aquilo ali não teria monotonia, e que eu poderia realmente gostar. Como era dezembro, esperei as festas passarem, e no primeiro dia útil de janeiro de 2018 já me matriculei. Fiz logo um plano de 6 meses, mas com 3 x na semana, pois eu fazia Flamenco outras 3 x. O tempo foi passando e a empolgação aumentando. Sempre tinha algo novo pra aprender, sempre algum desafio de habilidade ou força. Fui vendo meu corpo mudar, definir como nunca tinha acontecido nos anos e anos de musculação. Em cerca de 3 meses já aumentei meu plano de 3 x na semana pra ilimitado, e passei a ir de 4 a 5 x na semana. A mosquinha do Cross tinha me picado. Agora, 6 anos depois, sempre me pergunto como teria sido diferente se eu tivesse descoberto esse esporte antes. Hoje, graças ao Crossfit, vejo toda e qualquer atividade física com outros olhos. Reconheço o valor de se exercitar não só pela saúde física, mas mental, pela disciplina, entre outras coisas. Vejo o quanto sua autoestima melhora ao conquistar novas habilidades e capacidades físicas, mas também vejo que a gente nuca acaba de aprender nessa vida. A gente brinca muito entre os amigos do box que Crossfit é difícil porque são muitos movimentos pra você ser ruim em todos.... rs. Mas a verdade é que cada pequena melhora é uma superação. E me ver hoje, aos 51 anos, quase 52, melhorando cargas, melhorando técnica, melhorando meus próprios tempos, é muito legal. E pra alguns vicia mesmo. Mas é um vicio pra lá de gostoso.
E você, já encontrou a sua atividade física preferida? Me conta nos comentários.